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Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2006

Balanço do Encontro Interno de Enfermagem

Só posso começar por dar os parabéns à organização e a toda a enfermagem do HJM pelo excelente evento que teve lugar na nossa instituição. Se de alguma forma já tinha espectativas positivas parece-me que excedeu largamente qualquer previsão que alguém pudesse ter feito.

A nível dos serviços foi universal pois todos deram o seu contributo.Ninguém ficou esquecido.Isto leva a que a motivação se eleve pela valorização e visibilidade do trabalho que desenvolvemos. Por outro lado fiquei a conhecer muito melhor o HJM, a diversidade e amplitude do trabalho de enfermagem bem como outras formas de se fazer coisas semelhantes noutros serviços.

Depois temos a "inevitabilidade" dos tempos com o desenvolvimento da CIPE. Acho que não podemos esquecer todo o esforço que está por trás dos colegas que têm vindo a trabalhar nesta área e deixar de reconhecer o seu mérito. Sou um defensor aceso da CIPE pela possibilidade de virmos a falar todos a mesma língua, sistematizarmos os cuidados de enfermagem e abrangermos a pessoa no seu todo nos nossos registos mas de uma forma a que estes estejam facilmente acessíveis (digitalmente).

A centralidade da Relação de Ajuda ficou bem provada depois destes dias. Foi um tema bastante explorado embora não esgotado (esgotável?).E com todas as comunicações livres fiquei com o sentimento de que a enfermagem tem um potencial imenso e latente. A Enfermagem está pronta a, de uma forma prudente e adequada, dar a visibilidade que lhe é devida à muito tempo.

Penso que sei melhor o que é ser enfermeiro depois daqueles dois dias.

publicado por Daniel Lopes às 16:10
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Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2006

Há mais vida para além do comprimido!

Nos próximos dias 14 e 15 de Dezembro realiza-se o Encontro Interno de Enfermagem do Hospital Júlio de Matos. Penso que a organização está de parabéns por realizar pela primeira vez no Hospital um evento específico de Enfermagem tentando contrariar a lógica biomédica que está disseminada não só no sistema de saúde em geral mas mesmo dentro das nossas consciências profissionais no seio da enfermagem.

Este comentário não pretende ser uma crítica, apenas uma constatação de que estamos (enfermeiros) de alguma maneira formatados para a lógica do curar em detrimento do cuidar. Dizia uma colega há uns dias uma frase que me ficou: “Há mais vida para além do comprimido!”

 

Quando ouvi a frase achei-a absolutamente genial. Vejamos um exemplo: nos cuidados paliativos não há cura possível! Aquela vida não se pode salvar. Está absolutamente condenada. Durante o curso de base fiz uma visita ao IPO do Porto e lá têm um mote: “Curar algumas vezes, aliviar a dor quando possível, confortar sempre!”. E o que tem isto a ver com o nosso Encontro?

 

O que tem a ver é que a nossa intervenção tem relação directa com o nosso conceito de saúde. Lá diz a Organização Mundial de Saúde, a Ordem dos Enfermeiros, que a saúde não é nem pode ser vista como oposta à doença. A saúde é um estado e simultaneamente uma representação mental. Um bem-estar físico, emocional e espiritual (Quando dei estes conceitos no curso confesso que me parecia tudo uma chachada intelectualóide. Hoje, depois de trabalhar dois anos acredito nisto como nunca pensei vir a fazê-lo. Saúde, pessoa, ambiente e cuidados de enfermagem são de facto os conceitos pilar da enfermagem). Caso contrário o confortar que os enfermeiros fazem no IPO do Porto não é promover a saúde, ainda que não seja curar a doença: se não confortamos porque a pessoa não tem cura o que lhe fazemos? Nada?

E este tipo de abordagem restringe-se aos cuidados paliativos? Pessoalmente penso que é apenas um exemplo do potencial da enfermagem.

 

Na nossa realidade temos os utentes de evolução prolongada que atravessam uma situação muito semelhante aos utentes oncológicos. E para mim, o que muda são os comprimidos, porque continuam a ser seres humanos que necessitam de cuidados diferenciados de saúde, de enfermagem! Os princípios da enfermagem são os mesmos em qualquer área que se trabalhe. É assim que me pareça que temos uma profissão grandiosa, humana, global, holística…Não lhe é reconhecido o devido valor, mas isso não me faz acreditar menos no potencial de saúde que geramos na relação que estabelecemos com os nossos utentes.

 

No Encontro de Enfermagem vamos discutir isso mesmo: Saúde no seu todo. Vamos discutir Saúde e não doenças. Parece-me que discutir doenças compete a outro tipo de profissionais. A nós compete-nos discutir a Saúde. Tudo aquilo que fazemos para contribuir para a saúde dos utentes. E faz-se muita coisa de grande qualidade cá no hospital com influência na saúde tanto aos níveis da gestão, da prestação de cuidados, entre outros.

publicado por Daniel Lopes às 16:01
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